ANGOLA

O Secretário de Estado para a Aviação Civil, Marítima e Portuária, Rui Carreira, defendeu, em Luanda, a implementação de soluções sustentáveis nos subsectores dos transportes para estimular o crescimento económico do país, tendo em vista o alcance do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027 (PDN).

O responsável, que falava a propósito da inauguração de uma embarcação da Secil Marítima, sublinhou a visão do PDN no que concerne aos transportes, baseada na “construção” de um sector sustentado que actue como catalisador do crescimento, da competitividade, mobilidade e da integração regional.

Quanto à nova embarcação, denominada “Carlos Marçal”, mostrou-se convicto de que, com a sua entrada em funcionamento, a frota da Secil estará mais reforçada, apesar de estar-se ainda longe do ideal.

O uso racional da mesma, referiu, proporcionará ganhos em escala e permitir maior repartição dos custos fixos e, consequentemente, a melhoria dos resultados financeiros.

Acrescentou que o barco vai melhorar a cobertura da demanda de carga e passageiros na cabotagem norte, fomentar e dinamizar a operacionalidade dos novos terminais de cabotagem do Soyo, Cabinda e Luanda, bem como contribuir para o lançamento da cabotagem sul no segmento de carga, numa primeira fase.

Disse ser desejo que a embarcação contribua para o reforço de alternativas viáveis e seguras para o incremento das trocas comerciais entre Angola e os países irmãos do Congo Brazzaville e Congo Kinshasa.

Segundo o secretário de Estado, a aquisição do barco deverá representar maior flexibilidade para na gestão da frota e
permitir ultrapassar, gradualmente, as limitações na oferta de serviços aos clientes, além de contribuir para o incremento de receitas.

“Tenhamos um olhar optimista para o futuro, na medida em que o aumento das receitas poderá constituir uma alavanca para a aquisição de mais embarcações no sentido de melhor satisfazer a procura, contribuir para o crescimento sustentável da nossa economia e a melhoria das condições de vida das populações, sem esquecer a importância de proporcionar melhores condições de trabalho e sociais dos funcionários”, frisou.

Referiu que as actividades do sector dos transportes, em todos os seus modais, têm a característica comum de serem de capital intensivo
e alto custo, o que requer a permanente preocupação de ser eficiente na procura do crescente emprego de energias renováveis e amigas do ambiente, utilizando, cada vez mais, as tecnologias de informação e a inteligência artificial para o suporte das operações.

Construída em 2018, a barcaça tem 49 metros de comprimento, 14 de largura e um calado de popa de 2,5 metros com capacidade de transporte de 36 contentores de 20 pés, 725 toneladas de arqueação bruta e 217 de líquida 217.

Comporta duas máquinas principais com potência total de 746 Kilowatts (KW), navegando a 8 nós de velocidade cruzeiro, e um espaço livre no convés de 350m2. Quanto ao abastecimento, tem capacidade/consumo para navegar 14 dias de combustível e 23 dias de água.

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