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Guiné-Bissau 

Europa relança fiscalização e cooperação pesqueira com a Guiné-Bissau

A delegação da União Europeia (UE) na Guiné-Bissau anuncioU em comunicado o relançamento de ações de fiscalização marítima e cooperação pesqueira com a Guiné-Bissau.

As atividades estão integradas num programa regional de fiscalização marítima.

O programa disponibilizou um montante de cerca de 3.300 milhões de francos CFA (cinco milhões de euros) para os países da sub-região com o objetivo de "conservar os recursos pesqueiros, lutar contra a pesca ilegal e proteger a pesca artesanal", refere o comunicado.

No âmbito do programa, "serão realizadas operações de vigilância nas águas territoriais da Guiné-Bissau, ações de modernização de equipamentos técnicos, assim como a realização de atividades de formação", acrescenta o documento.

O chefe da delegação da UE, embaixador Joaquin González-Ducay, acredita que "a retoma do programa regional de fiscalização marítima testemunha o compromisso da UE na proteção dos recursos marinhos como fonte de riqueza para a Guiné-Bissau e para a sua população".

Ou seja, "o programa insere-se na linha das preocupações manifestadas pela União Europeia, assim como pelas Nações Unidas, pela União Africana e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)".

Tais preocupações dizem respeito "à importância da preservação e gestão dos recursos naturais da Guiné-Bissau, incluindo a exploração sustentável dos recursos marinhos e terrestres", sublinha Joaquin González-Ducay.

O anúncio da UE surge um dia depois de o presidente do Sindicato Nacional dos Marinheiros da Guiné-Bissau (Sinamar), João Cá, ter pedido às autoridades do país para apertarem o controlo da atividade de navios de pesca estrangeiros.

De acordo com o sindicalista, parte do peixe capturado na Zona Económica Exclusiva guineense é atirado borda fora, violando a lei, porque muitos navios pesqueiros apenas se preocupam com a captura de camarão.