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Portugal 
COMEÇA DIA 7 DE SETEMBRO

Ano de Portugal no Brasil leva cultura, ciência e empresas ao outro lado do Atlântico

Vieira da Silva e Rui Chafes no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Vasco Araújo na Pinacoteca de São Paulo e Fernando Brízio no Instituto Tomie Ohtake também em São Paulo, são alguns dos nomes da programação ainda a ser fechada e que incluirá a artista plástica Joana Vasconcelos, num evento ainda a ser definido.

Estes entre muitos outros vão participar nas exposições, espectáculos e outros eventos com que Portugal se apresenta ao outro lado do Atlântico no Ano de Portugal no Brasil (APB), que se realiza em simultâneo com o Ano do Brasil em Portugal (ABP). Ambos começam e acabam em datas simbólicas: 7 de Setembro de 2012, aniversário da independência do Brasil, e 10 de Junho de 2013, Dia de Portugal.

Se o Brasil traz a Portugal muita cultura, Portugal opta por mostrar "as diferentes facetas de um Portugal jovem, moderno e inovador" mas em que a vertente económica e empresarial terá grande peso. Estão programados encontros de negócios direccionados para empresas portuguesas que poderão exportar produtos que o Brasil até agora importou de outros países, mostras de pequenas e médias empresas (PME), encontros de líderes empresariais e a deslocação ao Brasil dos grandes expoentes da investigação científica de Portugal, entre outras iniciativas, explicou ontem numa apresentação em Lisboa Miguel Horta e Costa, comissário-geral do Ano de Portugal no Brasil, nomeado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, e que tem com ele a trabalhar uma equipa de cinco pessoas.

Inauguração em São Paulo

De Portugal, Mariza estará no espectáculo de abertura do APB na Esplanada dos Ministérios em São Paulo, ao lado da cantora Roberta Sá e da Orquestra Sinfónica do Brasil.

A menos de dois meses da abertura, o orçamento não está fechado: "Há um conjunto de projectos que estão fechados. Outros que se vão somando. Não é por isso possível neste momento dar uma verba", disse Horta e Costa. O que foi divulgado é que APB será em grande parte financiado por grandes empresas privadas e empresas ou instituições públicas. Na lista de parceiros estão a TAP, a Fundação Calouste Gulbenkian (a sua orquestra terá vários concertos), a Fundação Champalimaud, a Caixa Geral de Depósitos, a EDP, e muitas outras, também brasileiras.

O orçamento para o ABP alcançou, até agora, cerca de 2,5 milhões de euros para uma programação marcadamente cultural com a música de Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Naná Vasconcelos, e muitos outros. Haverá também uma mostra de teatro brasileiro com 16 espectáculos focados no actor - como Bibi Ferreira, Marília Pêra ou Bárbara Paz, entre outros, anunciou o comissário do ABP, o actor e presidente da Fundação Nacional de Artes do Brasil, António Grassi, na apresentação da programação.

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