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Angola 

Angola na rota do emprego

Angola está a conquistar os portugueses, seja como destino provável para o desenvolvimento de uma carreira profissional, seja como rota de internacionalização comercial. O país cresce a um ritmo alucinante e tem ainda falta de recursos humanos qualificados. Mas quem escolhe o país como destino deve acautelar todas as situações, mesmo as mais difíceis de prever, e preparar-se para um país em tudo diferente de Portugal, apesar da proximidade histórica.

O Produto Interno Bruto (PIB) angolano deverá crescer entre 8 a 10% até ao final deste ano, segundo as perspetivas do Governo local. Os números espelham a realidade de um país cuja economia é já apontada como uma das mais dinâmicas do mundo, tornando-se um destino apetecível para milhares de profissionais altamente qualificados.

 

Com a taxa de desemprego a aumentar em Portugal, há uma nova vaga de emigrantes - maioritariamente jovens e altamente qualificados - a rumar a terras angolanas. Angola é já para os portugueses, um dos maiores destinos de emigração, segundo o Observatório da Emigração. Segundo os dados do Consulado Português em Angola, o país tem 91.900 cidadãos lusos registados. Estima-se que semanalmente, cerca de sete mil pessoas viajam entre Portugal e Angola. O país é, e continuará a ser, um dos principais destinos de investimento e expatriação de quadros portugueses, mas desde que a oportunidade foi descoberta muita coisa já mudou, a começar pelos salários praticados.

 

Em Angola está quase tudo para fazer e há muito trabalho. Ao país faltam engenheiros, advogados, profissionais de saúde, gestores, professores, arquitetos, financeiros e perfis mais técnicos em diversas áreas, mas para Pedro Amorim, national sales director da consultora de recrutamento Hays “Angola é uma terra de oportunidades mas também de grandes desafios para os portugueses”. Diz o especialista que “nos últimos anos temos assistido a um crescimento da economia angolana que patrocinou a contratação de profissionais qualificados e experientes. As empresas têm apostado em Angola para crescerem e continuarão a surgir novas necessidades de recursos humanos. No entanto, temos de ter a noção que o mercado já não paga os salários que pagava há alguns anos atrás”.

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