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ESTUDO

Investidores consideram África mais atractiva que Ásia

Tendo como objectivo avaliar as ideias que têm sobre os mercados de fronteira e quantificar as estratégias de investimento naqueles destinos, o inquérito teve como "resultado mais surpreendente e encorajador" a visão que têm de África como "um destino de investimento mais atractivo que a Ásia", refere a gestora especializada na gestão de fundos dedicados a África, Médio Oriente e Ásia. Do total dos inquiridos, 43% consideraram o continente africano como a região mais atractiva entre os mercados emergentes, seguindo-se o asiático com 37%.

O principal atractivo em África para os investidores é o crescimento da classe média. "Mais de metade dos respondentes consideram os ‘drivers' económicos relacionados com a população como principais razões para considerarem um investimento em África", refere a Silk Invest no estudo, sobretudo a crescente classe média e o aumento dos níveis de consumo.

Quanto às preocupações dos investidores, os riscos político e de governações são os mais mencionados. A gestora de activos destaca as melhorias que, ao longo dos anos, têm sido conseguidas em ambos os aspectos, mas reconhece que os investidores "parecem não estar ainda completamente convencidos" disso.

Carteiras com exposição muito reduzida aos mercados de fronteira

Em termos de alocação de activos, as percentagens são ainda muito reduzidas, quer no que concerne aos mercados de fronteira quer apenas a África. "Há uma crescente percepção dos investidores institucionais quanto aos mercados de fronteira, mas isso ainda não se reflecte totalmente nas alocações nos portfolios", refere a Silk Invest.

Dos inquiridos, cuja maioria mantêm uma relação activa com a gestora de activos e acompanham estes mercados há alguns anos, mais de 40% disseram ter menos de 2% das suas carteiras expostas a mercados de fronteira. Especificamente no caso de África, cerca de metade não têm qualquer exposição actualmente àquele continente e cerca de 70% têm menos de 2% alocados.

Por classes de activos, as acções são foram consideradas por 48% dos investidores como a mais atractiva, seguindo-se as ‘private equities', classificadas como mais interessantes dos 46% dos investidores; os títulos de dívida são referidos por 17% dos respondentes como oportunidade de investimento.

O inquérito realizado pela Silk Invest, com foco específico nos mercados africanos, foi respondido por 157 investidores, desde fundos de pensões a gestores de activos, de várias localizações, encontrando-se a maioria na Europa e com os Estados Unidos e Médio Oriente a representarem cerca de 20%.

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