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Transporte de ferro-gusa: Caminho-de-Ferro de Moçâmedes antecipa subida na facturação

A facturação da empresa Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) deverá sentir uma forte impulsão, ao beneficiar directamente do arranque da produção de ferro-gusa em dois municípios de Angola, revelou o administrador financeiro da empresa gestora ferroviária.

De acordo com as palavras de António Conceição, proferidas à agência noticiosa Angop, esse benefício poderá traduzir-se num aumento de 300 milhões de kwanzas por ano em facturação (dos 700 para os 1000 milhões).

Ao longo do traçado de 905 quilómetros, que abrange as províncias de Namibe, Huíla e Cuando Cubango, a quantidade transportada pode aumentar para as 400 mil toneladas com o início da exploração de minério de ferro, adiantou ainda António Conceição.

A exploração do minério e a sua transformação em ferro-gusa ocorrerá nos municípios do Cutato, Cuando Cubango e da Jamba, na Huíla, aguardando a administração da Caminho-de-Ferro de Moçâmedes o início do processo para aumentar a tonelagem de carga transportada e a sua facturação.

O responsável salientou que a média de facturação mensal da CFM ronda os 70 milhões de kwanzas, longe do que seria o equilíbrio da conta de exploração, pois os custos operacionais são de 200 milhões, 35% das despesas da empresa pública (a restante parte é assumida pelo Estado).

O administrador frisou que a CFM está a contactar empresas produtoras de material circulante, estando o interesse centrado na aquisição de vagões de tipologia apropriada para o transporte de minérios, antecipando que as empresas que explorarão os depósitos de minério de ferro comparticipem no custo da sua aquisição. A empresa transportou no decurso do primeiro semestre de 2019 cerca de 72 mil toneladas de carga.

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