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Fórum Marítimo Global considera que a indústria marítima pode ajudar África

O Fórum Marítimo Global (FMG), uma organização que procura moldar o futuro do comércio marítimo e ir ao encontro de um desenvolvimento sustentável, reconheceu que a indústria marítima pode ajudar África na criação de oportunidades de desenvolvimento e traçou um cenário do continente em que isso poderá ser possível.

Segundo lembra o FMG, os Estados africanos estão entre os mais pobres do mundo, apesar de África ser a região com o segundo crescimento mais rápido do globo desde 2000, ter triplicado o seu volume comercial com o resto do mundo neste período e ter estabelecido novas rotas comerciais.

Para aproveitar o seu potencial, os Estados africanos estabeleceram uma Agenda 2063, que visa tornar o crescimento do continente sustentável através da cooperação e requer melhorias na governação e nas infra-estruturas, redução nas barreiras alfandegárias e investimento no capital humano, contribuindo para criação de postos de trabalho.

A propósito do comércio com o exterior do continente, o FMG refere que hoje atinge os 700 mil milhões de euros, contrastando com o baixo volume de comércio intra-continental, bastante fragmentado. E que no comércio com o exterior, África exporta essencialmente matérias-primas. Razão mais do que suficiente para defender a abolição de obstáculos aduaneiros ao comércio no interior do continente e criar uma zona de livre comércio, capaz de reforçar o comercio doméstico em 52% até 2022 e gerar ganhos anuais de 14 mil milhões de euros.

Outro desafio para o continente, na perspectiva do FMG, e que lhe é particularmente caro, é o das infra-estruturas, designadamente os portos. Apesar de o investimento em infra-estrutras ter crescido em África nos últimos 20 anos, muito por obra do sector privado e dos fundos de investimento, o resultado está longe de ser satisfatório. Muitos dos portos africanos estão mal equipados, são economicamente ineficientes e não cumprem os critérios internacionais em vários domínios.

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