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Pirataria 

Pirataria marítima afecta cada vez mais marítimos

Mais de um quarto dos marítimos que procura respostas no Centro de Resposta à Crise marítima (CRN, sigla em inglês), é afectado pela pirataria, de acordo com informação providenciada pela instituição caritativa Sailor’s Society, segundo o World Maritime News. Pelo que, a CRN, só na última semana, providenciou suporte a, pelo menos, 100 casos que envolvem pirataria, mortes no mar e abandono, o que significa um total de 59% dos marítimos que recebem apoio na CRN.

O elevado nível destes casos reflecte o aumento da pirataria reportada ao International Maritime Bureau. Um total de 156 incidentes de pirataria e assalto à mão armada contra navios foram reportados nos primeiros nove meses de 2018, comparativamente aos 121 reportados no mesmo período em 2017.

O número de tripulantes mantidos como reféns tem igualmente aumentado. Tendo como referência 2017, passou de 80 incidentes para 112, sendo o Golfo da Guiné o principal responsável (57 dos 156 casos reportados), com a maioria perto da Nigéria.

“Pirataria, e o medo da pirataria representam uma questão enorme para os marítimos”, referiu Stuart Rivers, CEO da Sailor’s Society. Os “sobreviventes de pirataria e rapto são expostos a violência e terror, que pode ter um impacto devastador neles e nas suas famílias”, explica, concluindo que este número não é, no entanto, surpresa.

Em Outubro, 11 marítimos foram capturados por piratas na Costa da Nigéria. Foram retirados do navio de contentores MV Pomerenia Sky, operado pela Germany’s Peter Dohle Schiffahrts, a 60 quilómetros da costa, no caminho do porto de Bonny, quando seguiam de Luanda, em Angola, para o porto de Onne, na Nigéria.

O CRN é um centro de apoio e aconselhamento da Sailor’s Society a sobreviventes de ataques de pirataria, desastres naturais e crises no mar.

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