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Granito da Huíla passa a ser enviado por caminho-de-ferro até ao Porto de Moçâmedes

A administração do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes chegou a acordo com empresários do sector das rochas ornamentais para baixar o preço por tonelada de 7,5 para 6,5 kwanzas por quilómetro, facilitando dessa forma o transporte de granito para o Porto de Moçâmedes, capital da província de Namibe, disse no Lubango o administrador financeiro da empresa ferroviária.

O acordo surge três anos depois do começo das negociações, como resultado da pressão que os governos provinciais do Namibe e da Huíla exerceram nos últimos oito anos para que se proibisse o transporte do granito, mármore e de combustíveis por via rodoviária, por ser a responsável pela degradação acelerada da Estrada Nacional N.º 280.

O administrador financeiro da CFM, António Conceição, disse à agência noticiosa Angop que a redução do preço por quilómetro ao longo dos 253 quilómetros da linha entre Lubango e Namibe permite que o transporte de cada bloco de granito com 2,5 toneladas passe a custar 41 mil kwanzas, que compara com o custo actual de 90 mil kwanzas quando o mesmo bloco é transportado por via rodoviária.

António Conceição adiantou que a empresa decidiu aumentar a frequência do comboio de carga de duas para cinco viagens semanais, a fim de dar resposta à procura que se espera venha a ocorrer.

A produção de rochas ornamentais na província da Huíla em 2017 cifrou-se em 36 168 metros cúbicos, representando 103 298 toneladas.

Desse total, 34 334 metros cúbicos foram exportados através do porto do Namibe para Portugal, Espanha, Alemanha, Itália, China e Índia, gerando receitas de 5,72 milhões dólares, contra 7,92 milhões de dólares contabilizados em 2016.

A reconstrução e modernização do CFM começou em 2006 e ficou concluída em 2014, com um custo de 1200 milhões de dólares, que incluiu a substituição completa da linha, carris, chulipas e balastro, bem como a construção de 56 estações de primeira, segunda e terceira classes. (Macauhub)