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Pescas elabora estratégia para melhor gestão dos recursos marinhos

O Ministério das Pescas e do Mar está a elaborar uma estratégia nacional, que define os objectivos, medidas e acções direccionadas aos diversos sectores com intervenção no mar, com vista a uma melhor utilização, gestão, exploração e preservação do mar.

A informação foi avançada pela ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros Neto, que falava no workshop que assinalou o 08 de Junho, Dia Mundial dos Oceanos.

Justificou que Angola, até muito recentemente, não possuía um órgão com a missão de tratar as mais variadas questões relacionadas ao mar.

Com a criação do Ministério das Pescas e do Mar, os assuntos do mar passam a ter maior relevância, tornando-se urgente o estabelecimento da referida estratégia.

De acordo com a ministra, entre outras acções, serão estabelecidas plataformas comuns com os demais departamentos ministeriais para que em conjunto se encontre soluções viáveis para a resolução das questões transversais que incidem sobre uma melhor utilização, gestão, exploração e preservação do mar.

No quadro desta iniciativa, foi assinado hoje um protocolo de cooperação para conservação, protecção e gestão do ecossistema marinho de Angola, entre os ministérios das Pescas e do Mar e do Ambiente, com a finalidade de auxiliar o titular do poder Executivo nesta tarefa, segundo Victoria de Barros Neto.

Com esta medida, a governante acredita que o país estará em melhores condições para perspectivar o desenvolvimento da “economia azul”, acautelando os impactos negativos no ecossistema marinho.

A iniciativa prevê um trabalho de inclusão e consciencialização deverá ser desenvolvido junto do sector privado que opera directamente nestas áreas, para uma exploração responsável e sustentável dos recursos.

Victoria de Barros Neto disse ainda ser fundamental uma fiscalização eficaz , tendo em conta os níveis de poluição dos mares causada por diversas fontes, em particular o abandono de objectos de plásticos.

Referiu que, o abandono de plásticos constitui, actualmente, um dos graves problemas com que se debatem os oceanos.

Apegando-se nas recentes declarações do secretário geral da ONU, António Guterres, que apelou ao fim da poluição plástica, referiu que todos os anos são usadas até 500 biliões de embalagens plásticas descartáveis e para o efeito, são utilizados 17 milhões de barris de petróleo para produzir garrafas plásticas, entre quais, mais de oito milhões acabam nos oceanos.

Tendo em conta que a taxa média global de reciclagem desses produtos é apenas de 25%, significa que existe um volume enorme de lixo plástico descartado , que vai sufocando os oceanos e ameaçando a fauna marinha vulnerável.

Angola dispõem de mais de mil e 650 quilómetros de costa, de abundantes e ricos recursos marinhos e uma diversidade biológica.

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