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Custos com combustíveis marítimos dispararão 25% a partir de 2020

De acordo com a mais recente análise da consultora Wood Mackenzie, os custos das transportadoras marítimas com os combustíveis dispararão exponencialmente a partir de 2020 (cerca de mais 25%), ano em que estão previstos novos limites máximos relativos à emissão de gases poluentes por parte das embarcações. Estima-se que essa subida seja na ordem dos 24 mil milhões de dólares.

Custos adicionais com combustíveis poderão disparar a partir de 2020

Segundo explica o estudo da firma de Edimburgo, os custos com os combustíveis subirão acentuadamente devido às novas regulamentações (principalmente a que se prende com o limite de 0,5% na emissão de NOx) impostas pela Organização Marítima Internacional (IMO). Os navios que instalarem scrubbers poderão continuar recorrer ao tradicional combustível, mas a grande maioria, aponta, não instalará atempadamente a tecnologia, de modo a respeitar os limites de 2020.
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Ora, analisa a Wood Mackenzie, estas alterações regulamentares implicarão, necessariamente, «uma solução mais dispendiosa», que, alerta, «poderá aumentar o preço do frete marítimo». A consultora britânica estima que esse aumento poderá chegar a 1 dólar por barril, revelou Iain Mowat, um dos analistas sénior da Mackenzie. Sem a instalação de scrubbers, a factura adicional das transportadoras poderá saltar dos 24 mil milhões para os 60 mil milhões de dólares.

Apenas 2% da frota mundial terá instalado scrubbers em 2020, prevê a Mackenzie

Para Iain Mowat, apesar das operadoras marítimas poderem expectar retornos de 20-50% em custos de investimento no que toca à instalação de scrubbers, a verdade é que o índice de penetração desta tecnologia será sempre limitada a factores como o acesso a financiamento ou a capacidade global de manufacturação de scrubbers. Para a Wood Mackenzie, apenas 2% dos navios terão instalado scrubbers em 2020.

Assim sendo, avança a Wood Mackenzie disse que as refinarias de todo o mundo precisam urgentemente de se equipar para produzir os combustíveis com baixo teor de enxofre de que os navios precisarão em 2020; «Singapura, por exemplo, poderia potencialmente perder parte da participação no mercado de bunkering para a China, à medida que os carregadores procuram locais alternativos com um excedente de combustíveis compatíveis», disse Mowat.

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