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Exportação nas pescas passa pela melhoria do sistema de processamento

As empresas de pesca devem apostar na melhoria do sistema de processamento dos produtos da pesca, neste período em que o país tem como foco as exportações, de modo a cumprir as exigências de determinados mercados como Europa e América do Norte.

 

O apelo foi feito no município da Baía Farta pela ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros Neto, na cerimónia de apresentação do do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações – PRODESI à classe empresarial das pescas.

A ministra apontou que o sector das Pescas e do Mar possui recursos que, devidamente explorados e transformados, podem contribuir no aumento das exportações angolanas e a consequente redução das importações.

Sublinhou como a produção de transformados de pescado, conservas de peixes, peixe salgado e semi-preparados podem, no curto e médio prazo, mitigar a importação de enlatados e produzir excedentes com qualidade para o mercado internacional e regional.

Segundo a governante, a pesca extractiva de crustáceos também deve ser inserida neste programa, particularmente as empresas semi-industriais e industriais que se dedicam à captura e transformação destes.

E ressaltou de igual forma a indústria de produção e transformação do sal como exemplo que a médio prazo pode satisfazer o mercado interno e criar excedentes para exportação, até porque a região onde Angola está inserida tem carência deste importante produto.

Apelou a todos os operadores do sector para que ajudem a melhorar quantitativa e qualitativamente o desempenho das empresas, com vista à concretização desse programa delineado pelo governo.

“O país deve olhar para estes mercados como saída para exportação de alguns produtos da pesca nomeadamente o sal”, diz. E acrescenta: “Temos que no curto prazo criar condições para que todo o mercado nacional passe a consumir sal de qualidade produzido pela nossa indústria salineira”.

Victória de Barros Neto adiantou que a aquicultura, apesar de ser uma indústria recente, pode ter um grande crescimento dadas as excelentes condições climatéricas do país, nomeadamente abundância de água, solo e clima.

Trata-se de uma cadeia “muito importante” que não pode deixar de contribuir para aumentar a oferta de peixe ao mercado nacional, diminuindo a sua importação e produzir excedentes para exportação, como salientou.

A cerimónia contou com a presença do governador provincial de Benguela, Rui Falcão, e dos secretários de Estado das Pescas e do Mar, e da Economia, respectivamente, Carlos Martinó e Sérgio Santos. Representantes de Benguela, Luanda, Cuanza Sul e Namibe também participaram do encontro.

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