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Moçambique 
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Empresário norte-americano recupera EMATUM

Depois de se ter declarado insustentável e com quase toda a frota paralisada, agravado pela dívida que o governo contraiu, avaliada em 850 milhões de dólares, usados para a compra de 24 embarcações, ao que tudo indica apareceu uma bóia de salvação.

O empresário norte-americano, Erik Prince, presidente do Frontier Service Group, empresa de logística e transporte com presença na África do Sul, convocou a imprensa quarta-feira em Maputo, para anunciar que vai entrar para o sector pesqueiro nacional através da EMATUM, com o objetivo de capitalizar a frota de 24 barcos disponíveis desta empresa.

«Estamos aqui para trabalhar e finalizar detalhes do Joint venture com o Governo moçambicano para desenvolver e melhorar a sua capacidade pesqueira de uma forma sustentável, profissional e ética. O nosso primeiro foco é a área de pesca, onde vamos trabalhar com a empresa EMATUM em operações de treinamento e mudanças na logística para ligarmos Moçambique ao mercado internacional de pescas», disse citado pelo Jornal O País.

A intervenção do investidor americano também será no sentido de melhorar a proteção dos recursos marinhos nacionais contra os operadores ilegais.

«Sabemos que há muita pesca ilegal. Esperamos melhorar a capacidade de Moçambique de proteger o seu pescado. Temos acordos nesse sentido, mas os detalhes ainda não foram finalizados e estamos muito próximos de o fazer. Iremos também olhar para outras áreas de investimento em Moçambique», acrescentou.

A EMATUM foi criada pelo Governo em 2013 para potenciar a exploração do Atum. Para o efeito o Governo contraiu uma dívida de 850 milhões de dólares para a compra de 24 embarcações.

Hoje, já em operação a EMATUM tem-se revelado insustentável com parte da frota paralisada e varias vezes os funcionários desta empresa tem realizado greves pacificas em reivindicação do pagamento de salários em atraso.

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