Sistema de Lupa activo | Voltar vista normal
Cabo Verde 

Portos de Cabo Verde estão «no caminho certo», diz auditor da IMO

O presidente do conselho de administração da Agência Marítima Portuária (AMP) considerou, no Mindelo, que Cabo Verde se encontra no “bom caminho” no cumprimento das obrigações internacionais em segurança e administração marítima no seu “cômputo geral”.

António Cruz Lopes falava à imprensa na presença de três auditores da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) os quais concluíram na manhã de hoje a auditoria obrigatória aos Estados-membros da organização, neste caso Cabo Verde, o 37º Estado membro da IMO a ser submetido ao esquema de auditoria obrigatória da IMSAS-IMO, noticia a agência Inforpress.

Cruz Lopes sustentou que o país entrou para a auditoria com “espírito aberto e de entrega”, pois está a cumprir com as obrigações internacionais em matéria de segurança e administração marítima, no seu cômputo geral, seja a nível político, executivo e em matéria de implementação das convenções.

“A administração marítima está de boa saúde, firme e com os pés no chão, a fazer um percurso capaz de ajudar no desenvolvimento do país”, reforçou o responsável, para quem o arquipélago está cotado, neste momento, a nível de “qualquer país do mundo”, pois de globalização se trata, precisou.

“Cabo Verde é um país com parcos recursos materiais e outras fraquezas, mas, não obstante, está a posicionar-se a nível internacional como referência, sobretudo na sub-região africana a que pertence”, sintetizou a mesma fonte.

Doravante, a AMP espera “tempo suficiente” para concretizar as observações e recomendações emanadas da auditoria, até porque, lembrou António Cruz Lopes, a próxima só se realizará dentro de sete anos.

Com todos os sistemas “devidamente bem instalados e implementados”, conforme as recomendações, ajuntou a mesma fonte, a meta da APM é atingir “zero inconformidades” em todas as valências inspeccionadas.

“Fico satisfeito que foram feitas várias recomendações muito positivas da nossa performance e do Estado que saiu com uma imagem bastante animadora e promissora para o futuro”, concluiu António Cruz Lopes.

Por seu lado, o representante da IMO na auditoria, o brasileiro Fernando Benitz, sem avançar elementos concretos do trabalho realizado, sublinhou que Cabo Verde “está no caminho certo” havendo, embora, assinalou, “muito trabalho” a fazer ainda.

Concluída esta fase de recolha de informações, segue-se agora uma outra “mais formal”, do ponto de vista administrativo, em que serão elaboradas as instruções administrativas específicas para cada trabalho, cabendo à administração marítima cabo-verdiana propor como concretizar cada ponto da revisão, num processo que deve demorar entre cinco/seis meses.

Durante uma semana, três auditores da IMO analisaram como Cabo Verde incorpora na sua legislação as convenções internacionais de que o país é parte e de como o Estado cumpre as suas obrigações nos itens “país de bandeira”, “país costeiro” e “país portos”, os quais que levam a uma série de inspecções específicas.

fonte