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Transporte exclusivo de granito vai «engordar» cofres do CFM

As locomotivas do Caminho-de-ferro de Moçâmedes (CFM) terão este ano o monopólio do transporte de granito negro da Huíla para o Porto do Namibe, estando a empresa pública a ultimar a criação de condições para este fim.

 

A intenção foi manifestada à Angop, no Lubango, pelo administrador financeiro da empresa, António Conceição, sublinhando que o projecto foi articulado entre os governos da Huíla e do Namibe, CFM, sectores de Geologia e Minas, bem como os exploradores do minério.

Informou que a empresa está a investir na construção de entrepostos de carga na comuna da Arimba (Lubango) e no Sacomar (Namibe), que servirão de pontos de origem dos blocos de granito e de destino, respectivamente, cujas obras serem concluídas brevemente.

Disse que actualmente a transportação deste produto tem sido feito por estrada, com todos os riscos possíveis, como acidentes e degradação da via, e espera-se que até final deste semestre a actividade seja exclusiva do CFM.

António Conceição referiu que o preço do frete para o transporte do granito baixou pela metade, pois se anteriormente era cobrado o equivalente a 15 dólares por bloco de 40 toneladas, hoje a empresa fixou a taxa em 7,5 dólares.

Segundo o responsável, o preço é consensual depois de um esforço conjunto e intersectorial dos intervenientes, na medida em que o Porto do Namibe também reduziu as taxas portuárias, facto que atiçou o interesse dos operadores em utilizar o comboio como meio de transporte do granito.

Actualmente as seis locomotivas do CFM fazem dez frequências semanais, em composições mistas (carga e passageiros) entre o Lubango e Menongue, e uma semanal, somente de carga, entre o Lubango e Namibe, com destaque para combustíveis, madeira, granito e bens importados, facturando cerca de 30 milhões de Kwanzas/mês.

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