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Madeira mobiliza-se para Nova Rota da Seda

A região autónoma da Madeira, Portugal, está a posicionar-se para tirar partido da Nova Rota da Seda, oportunidade de captação de investimento chinês e reforço de exportações, aproveitando factores como a sua localização geográfica e zona franca.

A capital da região, Funchal, recebeu uma conferência em que participaram o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e o embaixador da China em Lisboa, Cai Run, e à margem do qual foi assinado um acordo entre o executivo madeirense e a Associação dos Amigos da Nova Rota da Seda, tendo em vista iniciativas conjuntas de atracção de projectos para a região.

Atendendo à “localização privilegiada da Madeira”, o acordo visa “a sua possível inclusão (na Nova Rota), possibilitando o desenvolvimento de estratégias de promoção e internacionalização da Região no novo quadro político e comercial das relações entre a China e a União Europeia e Terceiros Países, nomeadamente os Países de Língua Portuguesa.”

A Associação, criada em Dezembro de 2016, irá apoiar o Governo Regional, nomeadamente nas “candidaturas a projectos e aos correspondentes apoios internacionais” em áreas como o Turismo e o investimento em geral”, refere o documento assinado pelo secretário regional da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, e pela presidente da associação, Fernanda Ilhéu.

A iniciativa de estímulo económico e comercial, divulgada em 2013 pelo Presidente chinês, Xi Jinping, contempla um plano de infra-estruturas que pretende reactivar a antiga Rota da Seda entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático.

Inclui a construção de uma malha ferroviária de alta velocidade entre a China e a Europa, abrangendo 65 países e 4,4 mil milhões de pessoas, tirando partido do já constituído Fundo Rota da Seda, com uma dotação de 40 mil milhões de dólares.

Na conferência, Fernanda Ilhéu recordou as palavras do ex-embaixador chinês em Lisboa, Huang Songfu, que afirmou que “Portugal posicionado no Centro da Rota Marítima do Atlântico poderá ter um papel imprescindível na realização de Uma Faixa e Uma Rota na Europa.”

Sublinhou que a relação entre Portugal e a China foi elevada, aquando da visita do ex-presidente da República Cavaco Silva a Pequim em 2014, a “Parceria Estratégica Abrangente”, significando “que a cooperação deve ser global, de grande alcance e em múltiplas áreas, abrangendo os domínios económicos, científicos, tecnológicos, políticos e culturais, contém níveis tanto bilaterais como multilaterais e é conduzida tanto por governos como por grupos não-governamentais.”

Fernanda Ilhéu apontou ainda as potencialidades da Zona Franca da Madeira – Sociedade Desenvolvimento Madeira, que tem paralelo nas Zonas Económicas Especiais chinesas, tendo em vista desenvolver a promoção de investimento e serviços financeiros internacionais, parques industriais e tecnológicos, desenvolvimento tecnológico ou turismo.

A assinatura do protocolo contou com a presença do presidente do Instituto Confúcio da Universidade de Lisboa, Jincheng Wang, e diversas entidades ligadas ao governo regional. (Macauhub).

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