Moçambique

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Areias de Moebase arrancam em breve

O projecto de exploração de areias pesadas em Moebase e Naburi, propriedade da Companhia Minerais de Naburi, cobre uma área de 32 mil hectares, onde ocorrem minerais pesados como ilmenite, rutilo e zarcão, numa quantidade estimada em 71.7 milhões de toneladas.


Marcos Mauro, ligado ao empreendimento, disse à AIM, em Maputo, que decorrem, no momento trabalhos de melhoramentos nas instalações ali localizadas “e muito em breve, chegarão os técnicos especializados para o arranque do projecto”.

Segundo Mauro, por se tratar de uma actividade complexa, o início das exportações está previsto para 2014, “mas neste momento, o projecto de Moebase e Naburi, já está a conhecer um desenvolvimento acelerado”.

Este desenvolvimento surge na sequência de uma remodelação empresarial em torno do projecto de exploração das areias pesadas de Moebase e Naburi, “e representa uma oportunidade para a valorização de activos moçambicanos”.

Refira-se que, recentemente, a “Pathfinders Minerals”, uma sociedade anónima britânica, inicialmente ligada ao empreendimento, anunciou a sua suspensão da bolsa secundária de valores em Londres.

Em Moçambique existem extensas áreas com reservas de areias pesadas, situadas ao longo da costa. Algumas dessas áreas já estão concessionadas e outras ainda estão por concessionar.

Das que estão na fase de laboração, o destaque vai para a concessão de Moma concessionada à Kenmare. Em comunicado distribuído recentemente, a companhia havia anunciado que as actividades mineiras registaram um aumento dos seus níveis durante o terceiro trimestre, produzindo 196.000 toneladas de Concentrado de Minerais Pesados (“CMP”) em comparação com as 154.000 toneladas do segundo trimestre.

A produção de ilmenite para o trimestre foi de 147.000 toneladas, uma melhoria de 50 porcento comparativamente ao segundo trimestre. A produção de zircão, incluindo as 1800 toneladas de um produto concentrado de zircão produzido a partir de uma reserva de rejeições de zircão, foi de 11200 toneladas para o trimestre, um aumento de 17 porcento relativamente ao trimestre anterior. Foram embarcadas para exportação 188.000 toneladas de produto durante o terceiro trimestre, um aumento de 28 porcento sobre o trimestre anterior.

O aumento de 27 porcento na produção de CMP é um melhoramento assinalável, mas ainda se encontra abaixo da capacidade. Conforme anteriormente indicado nos resultados semestrais, a produção de CMP sofreu constrangimentos durante o trimestre pela última parte da zona rica em lama e por alguns problemas iniciais associados ao novo equipamento adaptado para actualizar a Instalação Concentradora Húmida (ICH) em Setembro.

“Estamos muito satisfeitos por ter ultrapassado a difícil zona rica em lama e em nos mudarmos para uma área com elevadas faces mineiras com areia solta, que fornece as condições de mineração mais produtivas. As flutuações de energia atrapalharam a produção durante o mês de Outubro como resultado de um equipamento de estabilização de voltagem defeituoso na grelha principal”, disseram na altura os gestores da empresa.

A EDM, a empresa de energia nacional, identificou a falha e espera-se que as reparações estejam concluídas no início de Novembro.

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