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Nova descoberta pode levar a uma dessalinização mais barata e eficiente

Remover o sal da água do mar para a tornar potável implica uma série de desafios científicos, incluindo optimizar a membrana usada no processo de dessalinização.

De acordo com o Science Alert, uma equipa de cientistas encontrou uma forma de tornar essas membranas 30% a 40% mais eficientes em termos de energia necessária para filtrar a água. A chave está na densidade das membranas numa escala nanoscópica.

No novo estudo, publicado a 1 de janeiro na revista Science, os investigadores mostram como manter a densidade das membranas consistente é mais importante do que a espessura da própria membrana.

Isto pode melhorar o processo de separação conhecido como osmose inversa, em que os minerais são capturados e removidos por uma membrana através do uso de pressão.

A investigação foi motivada pela observação de que membranas mais espessas costumam ser melhores no trabalho de dessalinização, o que é contra-intuitivo, considerando que há mais material por onde a água tem de passar.

Segundo o mesmo site, o que o seu modelo revelou foi que as inconsistências e as chamadas zonas mortas da membrana desempenham um papel mais importante do que a espessura. Ao fazer com que a densidade das membranas esteja uniformemente distribuída, mais água pode ser limpa com menos energia, sugerem os cientistas.

A produção de água potável é vital não apenas para a saúde pública, mas também para a agricultura e a produção de energia. Biliões de litros de água são limpos todos os anos, pelo que melhorias na eficiência de 30% a 40% podem fazer uma grande diferença.

Em 2018, uma equipa de investigadores da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, alertou para uma diminuição das reservas de água potável do nosso planeta, com o que preveem que possa ocorrer uma escassez à escala global deste recurso crítico.

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