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Docas do Rio recebe prémio do Ministério da Infraestrutura

A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) marcou presença no Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária – Brasil Export 2020, que reuniu os principais nomes do setor, em Brasília, nos dias 23 e 24 de novembro. No encerramento do evento, após o discurso do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, aconteceu a solenidade de entrega do “Prêmio Portos + Brasil” do Ministério da Infraestrutura e a CDRJ foi a segunda colocada na categoria ‘Variação da Margem Ebtida’, indicador financeiro de quanto a empresa está gerando de recursos em suas atividades operacionais.

Atrás apenas da Companhia Docas do Pará (CDP), que ficou em primeiro lugar na categoria, a CDRJ registrou um crescimento de 424% na margem Ebtida, comparando o desempenho do ano de 2019 com o resultado de 2018. A premiação contemplou as administrações de todos os portos públicos brasileiros, federais e delegados a estados e municípios.

Na manhã do primeiro dia do evento, o diretor-presidente da CDRJ, Francisco Antonio de Magalhães Laranjeira, o diretor de Relações com o Mercado e Planejamento, Jean Paulo Castro e Silva, e o diretor de Gestão Portuária, Mario Povia, assistiram aos painéis do 1° Encontro Nacional de Autoridades Portuárias e Hidroviárias (ENAPH), atividade da Associação Brasileira das Entidades Portuárias e Hidroviárias (ABEPH). Na ocasião, o diretor do Departamento de Novas Outorgas e Políticas Regulatórias Portuárias da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (DNOPRP/SNPTA), Fábio Lavor Teixeira, elogiou as autoridades portuárias e as parabenizou pelo que classificou como “trabalho de excelência”.

No mesmo dia, o presidente Laranjeira participou do Momento Sudeste, ao lado do diretor-presidente da Santos Port Authority (SPA), Fernando Biral, e do presidente do Conselho do Sudeste Export, Henry Robinson. Em sua exposição, o presidente Laranjeira destacou os eixos estruturantes de sua gestão: o saneamento financeiro da companhia, os investimentos no acesso aquaviário, no acesso terrestre e na segurança dos portos, as ações para atrair novos negócios e a responsabilidade social.

“Com a organização das contas, conseguimos reverter, significativamente, o passivo da companhia, o que foi uma grande vitória”, ressaltou Laranjeira. Em seguida, ele salientou que a dragagem é uma questão estratégica que tem que ser previamente pensada: “O Porto do Rio de Janeiro não precisa de dragagem de manutenção, porque tem pouco assoreamento, mas é preciso investir em aprofundamento para receber navios cada vez maiores como os de 366 metros, que é a tendência mundial”.

Ainda sobre as melhorias no acesso aquaviário, o diretor-presidente da CDRJ lembrou que a Autoridade Portuária conseguiu uma parceria com a Marinha do Brasil que tem rendido bons resultados. “Estamos implantando o calado dinâmico no Porto do Rio de Janeiro e a Norma da Autoridade Marítima (NORMAM) foi aprovada em tempo recorde. Também instalamos um novo balizamento no Canal de Cotunduba, que permitiu a navegação noturna de navios de grande porte, e estamos buscando ampliar a segurança com a implantação gradual do Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de Embarcações (VTMIS) até o final de 2021. No início do ano, já teremos o Local Port Service (LPS) instalado”, afirmou.

Na infraestrutura de acesso terrestre, o presidente declarou que, “ainda no primeiro trimestre de 2021, será inaugurado um novo portão, totalmente automatizado, para que o fluxo de caminhões que chegam ao porto interfira menos no tráfego da cidade”. Sobre a segurança, ele destacou o Centro de Comando e Controle de Segurança Portuária, com videomonitoramento por câmeras, que atende às exigências do Código Internacional para Segurança dos Navios e Instalações Portuárias (ISPS Code).

Quanto ao quinto eixo, o presidente Laranjeira disse que “a companhia está buscando viabilizar novos negócios para os portos, arrendando áreas disponíveis para que os portos passem a ser uma opção para os armadores também na área do agronegócio, já que o Brasil é um grande exportador dessa commodity”. Sobre a responsabilidade social, o presidente citou como exemplo o recém-inaugurado projeto Rua Walls, que transformou os muros do Porto do Rio de Janeiro em obras de arte pintadas por diversos artistas.
O diretor de Gestão Portuária da CDRJ, Mario Povia, que é conselheiro do Brasil Export, foi moderador do Painel 3 – ‘Capital Estrangeiro em infraestrutura e a realidade pós-pandemia’. O evento, com programação presencial e algumas participações remotas, foi transmitido pela plataforma Zoom e pelo YouTube.