Angola

Governo de Angola negoceia cessação do contrato de concessão atribuído à Caioporto

O governo de Angola vai negociar a cessação do contrato de concessão para a execução do projecto de construção do porto de Caio, em Cabinda, atribuído à empresa Caioporto, tendo uma comissão para esse efeito sido criada pelo despacho presidencial n.º 66/18, de 30 de Maio, de acordo com a imprensa internacional.

A criação desta comissão de negociação, que será coordenada pelo Ministério dos Transportes, consta do sumário do despacho presidencial que envolve a Caioporto, cujo principal accionista é o empresário suíço-angolano Jean-Claude Bastos de Morais, investigado pelas autoridades angolanas no âmbito da gestão de activos do Fundo Soberano de Angola.

O empresário suíço-angolano, presidente e fundador da Quantum Global, que geria mais de 3000 milhões de dólares dos 5000 milhões de activos do Fundo Soberano de Angola, foi constituído arguido na semana passada e impedido de sair de Angola, após interrogatório na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal da Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo a imprensa local.

A construção do porto, avaliada em 831,9 milhões de dólares foi inserida na Linha de Crédito da China, com o Estado angolano a suportar 85% do valor do contacto de empreitada e a concessionária os restantes 15% ou 124,8 milhões de dólares.

A construção do porto, na localidade de Caio Litoral, será concretizada em três fases, consistindo a primeira na construção de infra-estruturas portuárias e de uma área de serviços de carga de 100 hectares e um cais com 775 metros de cumprimento, tendo a empresa China Road and Bridge Corporation (CRBC) sido contratada para realizar a empreitada. (Macauhub)