Moçambique

Porto da Beira, em Moçambique, adopta sistema electrónico de gestão de carga

O Porto da Beira, na província de Sofala, vai adoptar a partir deste ano, um sistema electrónico de gestão de carga permitindo que os utilizadores registem as suas entradas no terminal com a devida antecedência, através da Internet, o que deverá resultar no aumento da eficiência portuária, disse o administrador-delegado da Cornelder de Moçambique, entidade gestora do porto.

Jan de Vries disse ainda ao matutino Notícias, de Maputo, que se espera um aumento significativo da capacidade de processamento de contentores, dos actuais 200 mil para 700 mil por ano, após um investimento que rondou 6,2 milhões de dólares.

A Cornelder de Moçambique, uma parceria entre o grupo Cornelder dos Países Baixos e a estatal Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique, pretende introduzir igualmente novos sistemas de identificação e registo automático dos camiões e contentores que entram no terminal.

Com um movimento diário de aproximadamente 700 camiões, o porto da Beira conta com uma área reservada para 400 mil contentores por ano, sendo a empresa desafiada a aumentar a produtividade, capacidade e a segurança das operações para acomodar a procura de tradicionais utilizadores como o Zimbabué, Zâmbia, Malaui e RDCongo.

O Terminal de Contentores do Porto da Beira foi construído em 1992, com uma capacidade de processamento de cem mil contentores por ano, mas volvidos 25 anos processa mais de 200 mil contentores por ano, “facto que confirma que Moçambique precisa efectivamente deste tipo de infra-estrutura.”

A dragagem de emergência do canal de acesso ao porto pela empresa holandesa Van Oord, numa operação orçada em 65 milhões de euros, irá permitir que, até Abril próximo, navios com 60 mil toneladas de arqueação bruta, vulgo Panamax, voltem a escalar aquele complexo contra os actuais de 30 mil toneladas.

A conclusão igualmente prevista para Abril próximo das obras de reparação e ampliação da EN6, entre o porto da Beira e a fronteira de Machipanda, com o vizinho Zimbabué, numa extensão total de 288 quilómetros, vai permitir que cada vez mais carga seja escoada através daquela infra-estrutura. (Macauhub)