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Transporte marítimo em vias de alterações radicais

A imposição internacional de utilizar combustível com um teor de enxofre não superior a 0,5% nos navios a partir de 2020 terá um efeito radical no transporte marítimo, admite Susana Broco, da Galp.

A indústria do transporte marítimo vai enfrentar uma alteração radical em pouco tempo na sequência da obrigatoriedade de queimar combustíveis somente com um teor de enxofre de 0,5% a partir de 1 de Janeiro de 2020, considerou Susana Broco, responsável pela área de Novos Negócios da Galp, durante uma conferência em Outubro sobre a «Importância dos Combustíveis no Shipping e na Operação do Navio», promovida pela Associação de Antigos Alunos (ALUMNI) da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique (ENIDH).

Segundo aquela responsável, esta alteração trará grandes desafios ao sector, porque “a indústria ainda não está preparada para isto, nem a refinação, estão todos à espera uns dos outros”, desconhece-se a qualidade dos combustíveis que vão surgir, “não vai haver suficiente fuel 0,5%” e a despesa com as bancas marítimas (termo que designa o abastecimento do combustível aos navios), que já hoje representa 35% a 40% da operação de um navio, vai aumentar, talvez para os 60% dos custos operacionais dos navios, como quando o petróleo estava a 120, 130 ou 150 dólares por barril.

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