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Canal do Suez tenta captar tráfego através de descontos até 50% nas taxas de frete

De acordo com informações avançadas pela associação não-lucrativa ‘Middle East Monitor’, o Executivo egípcio irá reduzir, entre 3% a 50% as taxas de trânsito aplicadas aos navios porta-contentores que cruzaram os mares do Canal Suez rumo aos portos do Norte e Sul da zona. A informação foi confirmada por Mohab Mamish, presidente da administração do Canal do Suez. Estas novas medidas estatais serão aplicadas já em Outubro e terão como objectivo atrair maior densidade de tráfego contentorizado.
 

Canal do Suez tenta captar maior volume de tráfego

Os cortes nas taxas (cortes que poderão mesmo chegar à metade) serão um apelo às companhias marítimas, numa clara tentativa por parte do Governo do Egipto em captar maiores volumes de tráfego – ao que tudo indica, porta-contentores que transporte maiores quantidades de mercadorias terão os benefícios mais elevados. Esta não é uma política inaudita: já em Junho passado, a administração do Canal do Suez havia assegurado descontos de 45% a navios petroleiros que executassem ligassem os Estados Unidos da América ao Golfo.

A importância estratégica da conexão Este-Oeste é tida pela autoridade do Canal do Suez como indispensável ao crescimento da região. Nada melhor que medidas que fomentem a procura por parte das transportadoras, cada vez mais escudadas na consolidação e na concentração dos recursos em alianças poderosas e integradoras. Recorde-se que, em 2016, o Canal do Suez denotou um decréscimo nas receitas (5 mil milhões de dólares em 2015 para os 3.2), buscando em 2017 a retoma (nos primeiros sete meses chegou aos 2.7 mil milhões) que se adivinha.
«Preços não afectarão qualidade dos serviços», assegura presidente do Canal

«Reduzir os preços não afectará a qualidade dos nossos serviços», garantiu, no seguimento da revelação, Mohab Mamish, líder da administração do Canal do Suez. A importante passagem marítima norte-africana está equipada para receber os navios da nova geração (os ULCV), querendo, pois, tirar partido dessa vantagem infra-estrutural numa época em que a captação de tráfego é vital para o crescimento ou perecimento das regiões marítimo-portuárias em todo o globo (terminais incluídos).

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