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Polónia coloca mais US$ 60 milhões de dólares para Academia de Pescas no sul de Angola

O Governo polaco vai disponibilizar US$ 60 milhões de dólares para a conclusão da terceira fase do projeto da Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe, inaugurada no sul de Angola.

 Inaugurada pelo vice-Presidente angolano, Manuel Domingos Vicente, a nova Academia é vista pela Polónia como “um bom modelo de cooperação entre os dois povos amigos”, cujo acordo de execução da terceira fase já foi assinado entre as partes, informa a Panapress.

De acordo com o embaixador polaco em Angola, Piotr Josef Myhiwiec, o seu Governo vai definir as obras que serão executadas na última fase, que deverão englobar, essencialmente, a construção de um navio-escola e de um centro desportivo.

A terceira fase compreende ainda a criação de infraestruturas para o empreendedorismo, uma vez que a Academia, enquanto instituição de ensino superior, “também deve fazer investigação e pesquisa”, disse.

Para o efeito, anunciou a vinda de técnicos polacos do setor para consolidar o projeto, a par da transferência de tecnologias.

As duas primeiras fases do projeto, executadas respetivamente de 2009 a 2011 e de 2013 a 2016, permitiram construir a Academia de Pescas e Ciências do Mar com várias estruturas especializadas como o centro de resgate e salvamento, o laboratório de mecânica naval, conjuntos de simuladores e 30 laboratórios em diferentes áreas.

Os trabalhos foram realizados pela empresa polaca Navimor, em cooperação com vários subempreiteiros da Polónia, da China e de Angola.

O valor global do projeto está orçado em US$ 111 milhões de dólares, dos quais 37 milhões financiados pelo Governo polaco e 74 milhões pelo Governo angolano.

A Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe é uma instituição do ensino superior ligada ao setor das Pescas, que tem como objetivo principal a formação de especialistas e técnicos seniores na área das pescas e ciências do mar em Angola.

A instituição é constituída por três faculdades, designadamente de Pescas, de Processamento de Pescado e de Exploração de Recursos Aquáticos.

A médio e longo prazos, estes serviços podem ser extensivos aos cidadãos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

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