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Aicep publica ficha de mercado sobre o Irão

A Aicep acaba de publicar a “Ficha de Mercado do Irão” na qual faz uma análise da economia do Irão, das relações económicas Portugal-Irão e das condições legais de acesso ao mercado, apresentando também um conjunto de informações úteis para exportadores e investidores nacionais.

O Irão é a segunda maior economia da região do Médio Oriente e Norte de África, a seguir à Arábia Saudita. Em 2016 o país tinha uma população de cerca de 80 milhões de habitantes e um PIB per capita estimado de 5 600 USD.

 

A economia do Irão é muito dependente da indústria dos hidrocarbonetos, tendo as receitas do petróleo um peso considerável nas receitas do orçamento do Estado. Estima-se que a economia tenha crescido em 2015 a um ritmo bastante inferior ao de 2014 (0,9%), contribuindo para isso, entre outros factores, um menor incremento do consumo privado e os baixos preços do petróleo nos mercados internacionais. O crescimento estimado do PIB, em 2016, subiu para 4,6%, prevendo-se um acréscimo de 5,4% para 2017. O Irão foi o 42º exportador mundial, o 54º importador e o 67º recetor de IDE em 2015.

 

Relações com Portugal

Ao nível do relacionamento económico entre Portugal e o Irão, esse país ocupou a 86ª posição no ranking de clientes das exportações portuguesas em 2016, situando-se no 68º lugar enquanto fornecedor. As exportações portuguesas de bens para o Irão diminuíram em 2013 e 2014, aumentaram consideravelmente em 2015 e voltaram a registar uma redução em 2016. O valor das exportações era de 13,2 milhões de euros em 2012, diminuiu para 7 milhões de euros em 2014 e fixou-se em 18 milhões de euros em 2016. O número de empresas portuguesas exportadoras de produtos para o Irão aumentou 15,9% em 2015, relativamente ao ano anterior, mas ficou aquém do número registado em 2011.

 

Em termos globais, o recente acordo histórico (Janeiro de 2016) sobre o levantamento das sanções económicas ao Irão (a consolidar nos próximos anos) pode vir a representar importantes oportunidades de negócios para as empresas ocidentais, com um aumento muito significativo das importações de bens e serviços e a capacidade de atrair elevados fluxos investimento directo estrangeiro.

 

O documento pode ser consultado aqui.