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Automação no sector marítimo: Rolls-Royce planeia testar navios sem tripulação em 2020

O plano é ambicioso, mas a intenção ficou bem delineada: a Rolls-Royce pretende que, em 2020, seja possível a navegação de embarcações de forma autónoma, sem recurso a tripulação. A prestigiada marca anunciou que, mediante a automação aplicada à navegação, poderá cortar os custos relativos ao transporte marítimo em cerca de 20%. O teste desta nova tecnologia será efectuado em países que terão permissão especial para operar estes navios mesmo antes da introdução da regulamentação.

A Rolls-Royce integra um grupo de companhias que se encontram a trabalhar na automação aplicada ao transporte marítimo. O grupo conta com empresas como a ABB, Ericsson, Cargotec e Meyer Turku - «O desenvolvimento será efectuado em alguns países que terão permissão para operar ainda antes da regulamentação internacional ser aplicada», revelou Oskar Levander, vice-presidente do segmento 'Inovação' da Rolls-Royce.

Numa altura em que a condução automatizada começa a ser testada nas estradas, o horizonte para o teste da navegação automatizada está, ao que tudo indica, ao virar da esquina (aliás, as companhias marítimas Kongsberg Maritime e Automated Ships planeiam lançar a tecnologia em 2018), ainda que os dilemas, questões e problemáticas estejam por discutir. No topo das preocupações estão a responsabilização em caso de acidentes e o potencial disruptivo da automação na empregabilidade do sector marítimo.

«Sem tripulação a bordo, todos os procedimentos habituais serão levados a cabo pela tecnologia, capaz de resolver os problemas por si própria, como extinguir fogos, ventilar o compartimento da carga, controlar os sistemas na casa das máquinas, e por aí adiante», comentou Sauli Eloranta, vice-presidente da divisão marinha da Rolls-Royce, numa entrevista concedida à ShippingWatch.

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