Pirataria

ONU treina guarda-costeira de São Tomé e Príncipe para combater pirataria

São Tomé e Príncipe e o Gana são os países africanos escolhidos pelas Nações Unidas para uma iniciativa de combate ao crime no mar, como parte do Programa Global de Combate à Pirataria.

O Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, anunciou que tem capacitado membros da Guarda Costeira são-tomense com ações que decorrem no mar.

Falando à Rádio ONU, de São Tomé, o consultor da ONU José Maria da Silva contou que o treinamento contínuo nos navios envolve situações do dia-a-dia para que os participantes tenham maior capacidade de combate à pirataria.

"A economia para sustentar o país podia se desenvolver muito mais. Neste momento, existem em cima da mesa a chamada economia azul. Sem dúvidas que com as águas territoriais e a zona económica exclusiva de São Tomé livre de atos da pirataria toda a sua economia e o seu turismo podem ser desenvolvidos e melhorar a sustentação da economia são-tomense."

As autoridades marítimas da África Ocidental reportaram pelo menos 14 incidentes de violência envolvendo piratas em 2016. O receio é que os piratas se organizem melhor. se não houver ações para combater o tipo de crime.

"Eles são à volta de 250 homens da Guarda Fronteira, oficiais, sargentos e praças. Nós vamos dando formação direcionada para oficiais, um tipo de formação, outro tipo para os sargentos e obviamente para os praças. Ao longo do tempo vamos escolhendo e verificando quais são as necessidades de formação da Guarda Costeira e fazendo programas de formação para colmatar as falhas que vão sendo identificadas."

Em 2015, foram registados 54 ataques piratas na área do Golfo da Guiné. Além de São Tomé e Príncipe a área abarca mais 10 países.

Segundo as Nações Unidas o crime marítimo na região envolve o sequestro de navios petroleiros e ataques a plataformas que armazenam e transportam petróleo e gás.

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