Opinião

Alianças nos operadores marítimos, sinal de colapso do comércio mundial?

Se a fraca procura e o excesso de oferta está a pressionar os preços do frete e a conduzir à formação de sucessivas alianças, importa perceber também a relação de tudo isso com a saúde da própria economia global medida em termos de comércio.

No início deste mês, Nils Andersen apresentou os resultados da Maersk Line, o maior operador mundial de navios de contentores. Comparando com o ano anterior o resultado líquido do primeiro trimestre sofreu uma queda de 95% e as previsões para o resto do ano são cautelosas pois a redução do custo do frete em cerca de 100 dólares por contentor poderá implicar uma perda de 800 milhões de dólares até ao final do ano. Para Nils Andersen “a indústria está a perder muito dinheiro há já vários anos”. Sendo a maior no mundo em termos de capacidade os resultados da Maersk Line são um excelente indicador do comércio global e os números não são animadores. A fraca procura de navios de contentores e a excessiva capacidade de oferta tem pressionado os preços do frete há vários meses.

A consolidação é a solução encontrada por estes gigantes do transporte que assim tentam reduzir os custos operacionais dos navios e das operações portuárias para conseguirem sobreviver.

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