Guiné-Bissau

Guiné-Bissau | Economia, relações económicas com Portugal e condições de acesso ao mercado

A “Ficha de Mercado da Guiné-Bissau” (Outubro de 2015), agora publicada pela AICEP, faz uma análise da economia guineense, das relações económicas bilaterais e das condições de acesso ao mercado, apresentando também um conjunto de informações úteis para exportadores e investidores nacionais.

A economia guineense assenta basicamente no sector primário - agricultura e pescas.

De acordo com dados da Economist Intelligence Unit (EIU), em 2013 o produto interno bruto (PIB) era composto por agricultura, floresta e pescas (43,7 por cento), serviços (42,7 por cento) e indústria (13,7 por cento). O sector agrícola inclui culturas de subsistência como o arroz, milho, feijão, batatas, inhame, cana-de-açúcar e frutos tropicais. A cultura da castanha de caju (a Guiné-Bissau é um dos principais produtores a nível mundial de castanha de caju) tem uma importância fulcral na economia do país – corresponde a cerca de 14 por cento do PIB, e entre 70 por cento a 80 por cento das exportações.

Com 350 Km de costa, a pesca é outro sector com grandes potencialidades. A indústria transformadora é incipiente, sendo constituída basicamente por bens de consumo e alimentares (sobretudo cerveja e refrigerantes, essencialmente para consumo interno) e por produtos resultantes da transformação de madeira. O país é rico em bauxite e fosfato, estando a extração deste último minério a dar os primeiros passos.

Relativamente à estrutura das exportações portuguesas para a Guiné-Bissau, constata-se uma forte concentração nos combustíveis minerais (40 por cento do total em 2014) e nos produtos alimentares (23 por cento), grupos que, no seu conjunto, representaram 63 por cento do total.

No que diz respeito às importações portuguesas provenientes da Guiné-Bissau, estas centram-se quase exclusivamente nos metais comuns, que representaram 88,4 por cento do total importado em 2014, que registaram um aumento de 149,3 por cento face ao ano anterior.

A Guiné-Bissau constitui-se como um mercado potencialmente interessante para as exportações e para o investimento português no exterior, apesar de, entre 2010 e 2014, e segundo dados do INE, o número de empresas exportadoras para este mercado ter regredido de 872 para 751 empresas.

Para além disso, estão também instaladas neste país um número muito relevante de empresas nacionais de diversos sectores de atividade.

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