Pescas

CABO VERDE

Um em cada 12 trabalhadores vive directa ou indirectamente das pescas ou áreas afins

Um em cada 12 trabalhadores cabo-verdiano vive directa ou indirectamente das pescas ou áreas afins, o que representa cerca de oito por cento dos empregos nacionais, informa a ministra das Infra-estruturas e Economia Marítima, Sara Lopes (na foto).

 

Em mensagem alusiva ao Dia Mundial do Pescador, a ministra destacou o contributo desta classe para o desenvolvimento da economia de Cabo Verde, apesar de considerar que existem ainda vários desafios por alcançar.

“Os mais de 5.000 pescadores artesanais e industriais, representam, juntamente com as vendedoras, trabalhadores da indústria transformadora e dos serviços de apoio, cerca de oito por cento dos empregos nacionais, o que significa que um em cada 12 trabalhadores cabo-verdiano vive directa ou indirectamente das pescas ou áreas afins”, precisou.

São estes profissionais que, na óptica de Sara Lopes, asseguram o abastecimento do mercado nacional com cerca de 10.000 toneladas de pescado comercializado anualmente no país, no valor correspondente de mais de 3.000 milhões de contos, acima da média de consumo de pescado per capita ao nível mundial.

“O crescente dinamismo que se vem verificando nalgumas comunidades piscatórias, sobretudo no que respeita à sua organização em associações socioprofissionais, vem confirmando que estamos no bom caminho, pois há clara assunção por parte dos pescadores da sua quota-parte de responsabilidades em matéria de desenvolvimento da pesca, via incontornável para se poder garantir uma gestão sustentável dos recursos pesqueiros”, disse.

Dos principais desafios do sector das pescas a governante destacou, de entre outros, assegurar o emprego e a contribuição para a segurança alimentar no país, a questão do financiamento, tendo em conta que os recursos são insuficientes.

Contudo, apelou a classe a apostar mais nas microfinanças e a inscrever-se na segurança social, assim como desenvolver uma cultura de segurar os seus bens, ou seja, botes, motores, viaturas, etc., contra acidentes, contribuindo deste modo para a segurança pessoal e dos seus familiares.

Por outro lado, assegurou que “muito está a ser feito” e, por isso, conta ter, em 2016, dois centros de controlo de tráfego marítimo a funcionar em pleno no país, por considerar que a segurança no mar continua a ser um eterno desafio em Cabo Verde.

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